Lauro Muller

Lauro Muller, município catarinense, é mais conhecido como berço da extração do carvão nacional, mas também é sede de uma das mais belas rodovias do mundo, a Serra do Rio do Rastro. A comunidade surgiu a partir da chegada de um ramal da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, a ferrovia do carvão, na metade da década de 1980. O nome do vilarejo, originalmente, era Minas ou Bom Retiro, denominado assim pelos tropeiros que por ali acampavam de passagem dos campos de cima da serra em direção à região de Laguna. Entre as maiores atrações à época estavam as boas águas existentes para descanso dos animais.

Em 1841, geólogos e engenheiros foram enviados pelo governo imperial para estudar as riquezas da Região. Poucos acreditam que a busca era pelo carvão, mas sim por ouro e pedras preciosas. A região é nascedouro dos rios Bonito e Rocinha, com matas de erva mate e tribos indígenas.

Os colonizadores eram descendentes de italianos, a partir de Urussanga e Treviso, vindos em busca da caça, exploração de palmito e erva mate e a retirada de madeiras nobres, abundantes à época. Em 1923, resolveram edificar uma igreja, uma vez que a população, à época, já estava acima de três mil habitantes, que só foi concluída em 1946.

A partir de 1905, Minas como era conhecida, passou a ser chamada de Lauro Müller, em homenagem ao Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, no Governo Federal. Em 30 de agosto de 1913, com a elevação de Orleans a Município, Lauro Müller foi elevada à categoria de Vila. Em 24 de dezembro de 1914, foi criado o Distrito de Lauro Müller e instalado em 12 de janeiro de 1915. Como Distrito, Lauro Müller permaneceu até 25 de outubro de 1956, quando a Câmara Municipal de Orleans, autorizou o desmembramento, após aprovação pela Assembleia Legislativa do Estado.

Em 20 de janeiro de 1957, o Município de Lauro Müller foi instalado.

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